29 de setembro de 2010

Onde estás?
Responde-me!
Quando voltas?
Não te cales!
Já não nos falamos e a saudade aperta.
Fala, abraça-me!
O perfeito de tudo escorregando pelos dedos.
Não deixes tudo isto desaparecer...
Compreende-me como antes.
Que frustrada e presa na pele que te anseia, não o podendo fazer, sei que te não irei alcançar.
Onde estás?
Preciso de ti.
Tu precisas de mim.
Tenho um pedaço teu só meu, que precisa-me.
Onde estás?
Quero-te.
Não me queres?
Eu sei que queres.
Anda, vem, volta.
Preciso de ti, abraça-me e fica de vez.

27 de setembro de 2010

Não dá! Não dá! Não dá! A minha casa não são estas paredes e tu não me és nada! Não peço desculpa! Não modero a voz! Não tenho tento nas palavras! Não vês que não pará de gritar? Que não ouves? Que para me fazer ouvir tenho de gritar também? Pára de gritar! Ou melhor pára de falar. Cala-te! Não vês que há mais de uma hora que me insultas? E eu é que tenho de me controlar? Chega! Não dá. Não quero voltar a casa, quando em casa apenas me espera a vontade de sair. Larga-me, deixa-me ir.. Chega!! Já não disse que chega??! Será que te incomoda assim tanto o meu bem-estar que te sentes na obrigação de o destruir assim que passo a porta? Será que obtens algum prazer sádico e fazer-me mal? Em tornar o ar irrespirável, tóxico, repugnante.Não sou uma pessoa triste, apenas não faz-me mal ter-te por perto. Desaparece por favor... imploro-te.. Vai-te!! Sai do quarto, distrai-te com o que seja mas esquece-te de mim. Eu só quero sair e ir para casa, qualquer lado para longe de ti.

26 de setembro de 2010

I'm coming up only to hold you under
I'm coming up only to show you wrong
And to know you is hard and we wonder
To know you all wrong, we were

Really too late to call, so we wait for
Morning to wake you; it's all we got
To know me as hardly golden
Is to know me all wrong, they were

At every occasion I'll be ready for a funeral
At every occasion once more is called a funeral
Every occasion I'm ready for the funeral
At every occasion one brilliant day funeral

I'm coming up only to show you down for
I'm coming up only to show you wrong
To the outside, the dead leaves, they all blow (alive is very poetic)
For'e (before) they died had trees to hang their hope

At every occasion I'll be ready for the funeral
At every occasion once more is called the funeral
At every occasion I'm ready for the funeral
At every occasion one brilliant day funeral



http://www.youtube.com/watch?v=cMFWFhTFohk&ob=av2e

23 de setembro de 2010

Tão bom o amor!
Tu! Alguém... Tão bom!
As mãos entrelaçadas entre muitos mimos e cumplicidades vindas do nada, ou de tudo. O toque, o olhar, os olhos do teu alguém nos teus, falando te em mil e uma línguas, dizendo te e citando te, devotando te, mil e uma coisas. Promessas de boca fechada, que ninguém cobra, ninguém lembra, ninguém falha. A força de um corpo, outro corpo, que se sente e torna quase extensão do teu corpo! Uma boca quente e acolhedora envolvendo a tua, devoradora e devota. Um abraço apertado que não te quer largar, que deseja no seu corpo o teu corpo permanentemente pressionado, com força, e com carinho. Alguém teu, e tu desse alguém, e os vossos alguém tendo-se em comunhão de algo tão simples e certo como o sentimento que partilham. Algo que pode ser facilmente explicado por alguém que domine minimamente as palavras, mas tão raro de ser explicado por alguém, a ti, sem palavras.
Tão bom isto!
Tão bom a sensação de não querer saber do amanhã nem do relógio, nem da carteira, nem de se te chove em cima. Tão bom só isto, aqui e agora.
Tão bom ter-te, Alguém.

22 de setembro de 2010

as paginas dos livros servem para ser lidas e viradas,
os livros arrumados numa qualquer prateleira,
mas o teu livro andará sempre comigo no bolso esquerdo da camisa...

21 de setembro de 2010

  A libertação do nada numa exalação profunda no fim da morte, seguida pela extrema e bruta inalação da Vida.
  Viver Liberto a viver morto. Viver jovem eternamente. Tão tenras as idades presentes, tão voláteis as consciências, tão pesados os corações! Pena que se tenha de viver uma e outra vida de prisão para se viver Liberto por fim. Por vezes mil vidas não chegam, as almas vagueiam aprisionadas. Só alguns atingem este estado.
  Liberto. Ser-se velho e sábio em novo e vigorante corpo, ser-se fiel a consciência de nós , dar asas a pena que é o coração. Sem culpa, sem raiva, sem ressentimento. Numa compaixão natural e preocupação controlada pela sensatez do conhecimento. Num senso de proteger, de fazer e ver crescer. Numa resignação revoltada e sensata. Num equilíbrio mestral. Numa acreditação humana para além do sobrenatural, em esperança de mais e mais, sempre mais. Ciente de capacidades e influências, gestor e manipulador de felicidades. Nesta vida que não é Vida mas sim prisão, existem os Libertos. Almas antigas. Seres superiores a nível humano, a nível intelectual e a nível físico, magnetizantes. Fascinantes. E vivem quase em sociedade. Encontram outros seus iguais pelo percurso e criam ligações transcendentais, como se fosse por força a necessidade de se encontrarem e se manterem por perto.
  Todos os Libertos se encontram adormecidos até uma certa idade. Uns desde sempre que têm uma superior intuição para o sublime de si próprios, outros apesar de especiais mantêm-se adormecidos, mas certeza é que todos os Libertos despertam a certa altura da Vida. Ao ser encontrado por um Liberto, o aspirante adormecido torna-se seu aprendiz e é estimulado por conversas e experiências que lhe transmitindo conhecimento ou não lhe vão acordando a parte adormecida em si. Toda uma ligação eterna fica entre o mestre Liberto e o seu aprendiz, da qual o aprendiz se liberta a certo ponto mas o mestre se mantém dependente. Para certos mestres é difícil, muito perdem-se após o seu primeiro aprendiz, outros mantém-se fortes e vão doseando as relações que mantêm com os próximos para que a sensação de perda e dependência seja mais branda. E assim cresce outro Liberto que não parará de evoluir até a Morte do Corpo.
  A função dos Libertos mais evoluídos é precisamente identificar esses aspirantes e acorda-los. Se um Liberto se engana e toma uma normal pessoa, ou seja, uma alma jovem, por seu aprendiz, a informação transmitida pode levar a pessoa à insanidade ou a depressão, pois a alma não está preparada e perde-se em si mesma.
  Mas não são apenas as almas jovens que se perdem aquando o confronto de ideias, também os Libertos correm esse risco. Alguns enlouquecem pois não doseiam correctamente o fluxo de consciência, outros deixam-se levar pelo corpo e corrompem-se. Fazem-se Deuses aos olhos das almas jovens. Abusam do seu magnetismo. Um Liberto não pode evitar uma certa altivez pela consciência do que é, do que atingiu e do que representa mas nunca se deve exibir cru a almas jovens, que pela ignorância o podem adoptar por algo maior, realmente Divino, arriscando o erudito do Liberto. A acreditação do Divino leva ao desejo, e por mais que as almas jovens desejem um Liberto, só outro Liberto tem a capacidade de partilhar, também pelo desejo, a quase perfeição de outro ser Liberto. Os Libertos pertencem uns aos outros. As almas jovens que ocorrerem pelo caminho do Liberto não passam de danos colaterais da emoção e carnalidade, pois um Liberto só verdadeiramente se entrega a outro seu igual. É dispensável por isso as relações com jovens almas que por obrigação não passaram de distracções. Não se deve fazer uso delas, é abuso. Corrompe o sublime.
Além que nenhuma dessas almas sairia intacta. A influência, mesmo a carnal, de um Liberto obriga-as a uma evolução forçada que só atrasa o percurso das suas almas. É uma forma de protecção, não de elitismo.
  Ser Liberto é uma responsabilidade, é uma função. Há que sempre haver a consciência do dever pois é um privilégio ser-se Liberto.

20 de setembro de 2010

You are my sunshine, my only sunshine,
you make me happy when sky's are gray.
You never know dear, how much I love you,
Please don't take my sunshine away.





just dark and twisted..................... shhhhhh!!

Eu volto para ti! Eu volto e envolvo-te em abraços, carinho e compreensão! E perdoo-te tudo se isso te fizer feliz. E devoto-te a minha atenção e ternura. Dedico-te a minha mais segura e possível sinceridade. Envolvo-me no teu corpo como se fosse meu corpo, afago-te os cabelos e observo-te enquanto dormes. Beijo-te o rosto e as palmas dos pés. Dou-te as mãos e dou-te razão de viver. Passeio lado a lado contigo por esta bela cidade de recantos. Sorrio e faço-me a tua menina. Desejo-te e sou tua mulher. Acolho-te em mim com saudade de forma terna e maternal. Trato-te e defendo-te como o meu mais precioso bem. Sou o que quiseres e fizeres de mim.
Só não te amo, e no meio de toda esta farsa morro de desprezo e nojo dissimulado por ti e sobretudo por mim. Afasto-me dos que amo, acrescentando á raiva presente o ódio. Toco-te e penso nele. Não sou tua, nunca, de forma nenhuma na verdade. E se sou por acaso deve-se apenas a restos de carinho, pena e comiseração.
Esta é a oferta. Preço justo?
Stop á rodagem do filme! Despeçam os argumentistas, dêem descanso as câmaras e luzes! Enviem o realizador para um asilo! Com urgência!
Pára tudo! Agora! Cancelem as contas de financiamento, desliguem as câmaras, apaguem todos os futuros takes, rasguem as falas, destruam a banda sonora!
Cansei de ser a personagem principal desta trágica comédia rasca de segunda ou terceira. Despeçam os actores, despeçam-me a mim. Eu demitiria me se soubesse como fazê-lo! Poupem-se a trabalhos comigo! Apenas cancelem tudo e indiquem-me com quem devo falar. Eu própria acabo com toda esta fantochada virtual auto-destrutiva! Tirem férias! Desapareçam! É um favor que me fazem… e as poucas pessoas reais libertem-se de tal situação “holywoodesca “ … salvem-se enquanto possuem activamente da vossa sanidade. Corram, saltem, sejam felizes! Usem todo este cenário e material para a vossa própria comédia romântica. Apenas parem o drama da minha pessoa.  Não me obriguem a dar um final a este filme, muito menos um final feliz!
Mandem tudo e todos para casa.
O espectáculo acabou.

18 de setembro de 2010

Clarividência do infortúnio,
para onde levais a minha alma falsos deuses?
Não me tocais as palmas das mãos pois já não as sinto reais.
Não me questionais sobre vós,
nada tenho a dizer sobre o tempo passado das magoas rivais.
Confrontem se sobre a humanidade, façam dela o que desejarem,
apenas deixem me descansar em solidão tão benevolente,
no fundo deste rio tão macios aos meus pés e pulmões.
Seems like it wasn´t this time,
Feels like I still have to wait,
And I wonder in my head,
If you ever gonna stay
I always walk on my own,
But would be nice to hold a hand
So we could walk on this path together
Without sorrow or care

I’ve tried to look you in the eyes,
But you keep on looking away
I’m sick of having to wait
I want it now, on this day!
You are not strong enough to fight
Seems like I’m just too much for you
One day you going to wake up
And realize all I said about us was true
So true

16 de setembro de 2010

Não é difícil quando caminhamos já cansados, de olhos fitos no chão, contando os quadrados do piso, e quando nos parece que andamos quilómetros não avançamos nem meio metro? 
Não é frustrante quando ao subir uma rua longa, nos pareça que por mais que andemos, não saímos do mesmo sitio?
Não é desesperante quando nos esforçamos ao máximo para sermos o melhor de nós, para fazer o que é correcto, quando damos tudo o que temos cheios de esperança e mesmo assim não é nossa vez de lá chegarmos?
O que aconteceu aos contos de fadas? As bandas desenhadas? Aos livros de aventura? Aqueles sítios mágicos para onde tantas vezes viajei, e onde o bem, a coragem, a amizade, a virtude e todas essas tretas supostamente boas no fim resultam numa compensação?  
Para onde foi o “felizes para sempre”?
Que se lixe isso! Para onde foi o “momentaneamente felizes”?
Para onde fugiu o brilhos nos olhos, a vontade de mais, a esperança?
Quero saber as repostas, talvez ainda possa contar a alguém o segredo, e essa pessoa o consiga.
Quanto a mim, já estou perdida. Já não quero saber... talvez seja a vilã do meu próprio conto de fadas...

3 de setembro de 2010

O silencio... O silencio asfixia.. o teu silencio... a duvida... ou a certeza... algo que sei que não quero saber. O medo de saber. A felicidade contida ou exagerada de outrem pelo sufoco de alguém que não se conhece e na verdade não existe. Alguém que é ninguém. Tento espreitar pela porta encostada, tento ouvir através do copo, mas puxam-me e castigam-me. Fico no canto como para me remendar, cosendo aos pontos e poucos os lábios traiçoeiros sem linha ou agulha.. O copo partiu-se, já não há copo, já não está inteiro o copo que nunca segurei para ouvir. A porta encontra-se aberta, pois nunca esteve fechada, ou sequer encostada, e na verdade eu entrei na divisão descaradamente sem ouvir uma palavra. Procuro, investigo, balanço e considero ideias, penso, penso,penso... penso TANTO!! e torna-se tão exaustivo... pensar sozinha sem resposta, as voltas e voltas e mais voltas e voltas dentro do enorme vazio que se torna a duvida da certeza negada. Será por aqui? Será por aqui que tenho de seguir? Será a ti que no fim irei encontrar? Ou será mais um, apenas outro mais um estalo seco bem dado, com o fim de redenção e castigo associado. Onde guardam as cordas neste asilo? Em qual dos mil armários trancaram a minha loucura? Como viver em total Sanidade Pura? Como confiar no ar que respiro forçada? Será o ar um grande volume de nada? Será o nada o melhor caminho possível? Quero cair, mas apanham-me e castigam-me de novo... Tão doce castigo de esperança... Dizem que me atiro de propósito só pelo castigo. Como fugir à janela destapada por onde vislumbro o nada que me atiram à cara? Como não desejar ficar de castigo se isso inclui um estalo seco e forte da tua mão?...