À meses que não me sinto. Nesta dormência tão minha minto a mim própria por já não o querer sentir.
Já não sou poeta porque já não luto com a dor, deixo me ser engolida por ela como sempre me deixei levar pelo amor. Já não encontro força para aflorar o que é negro... O sangue perdeu a piada, gelei a ponto de não mais chorar.
A morte é demasiado insatisfatória... não é meu desejo descansar. O descanso é passivo e eu desespero por fazer algo que combata esta contradição. Estou cansada de ser humana e mortal. De me embebedar vezes sem conta com o álcool errado...
Eu fiz me mulher, faz te homem, e não me trates como se tivesses a anos luz de mim, já há muito que me perdeste de vista.