27 de outubro de 2009

A fusão entre a minha essência
e o meu agora,
o que quero,
o que sou,
e,
onde estou,
colapsam,
colidem,
explodem,
com tamanha violência
que tudo o que me resta é a futilidade dos dias,
passados e não pensados,
fugaz e estupidamente
sem pressa de ser ou de respirar.

Ai! o quão bom seria,
tomar um bom banho de imersão,
de sangue ou veneno,
para relaxar e respirar mergulhada na morte.

No entanto os meus banhos são de água,
límpida e desenxabida,
totalmente sem graça,
apenas sugestiva para os prazeres do corpo,
da carne.

A morte na água não é apetecível,
e torna se provável,
quando a imagem dos teus braços,
começam flutuando entre bolas de sabão,
diante dos meus olhos.

Nas minhas visões adivinho o futuro,
e por entre outros mistérios desfruto da água,
do calor e do frio condensados,
citando rezas e afins que de mim desconheces.

E entre visões e cartas,
roupa, cabelo e caldeirões,
o meu ser finalmente explode,
na euforia da morte triste do espírito,
por não se querer ou conseguir matar.