1 de novembro de 2010

Deixo as portas entreabertas.
Acendo o cigarro,
e deixo-o a fumegar no cinzeiro.
As janelas estão abertas
o meu cabelo voa a volta da minha cara,
Não vejo quase nada,
não desejo ver.
Desejaria adormecer
com um ou mais corpos junto a mim,
mas a janela esta aberta
e os corpos por elas fogem sem rumo,
sem fim...
O silencio sentencia o cenário
colmatando o oculto revolto na pessoa.
Não feches a porta entre aberta,
a ar parado fere, magoa.
- Entra e traz a faca,
pousa-a na mesa,
vá, vai-te embora,
não é necessária testemunha de presença.
O anjo vai e bate a porta
que em ricochete se volta a abrir
a faca penetra na veia como se a quisesse possuir
como se de fogo e paixão passasse a ser.
Adeus mundo incrédulo de anjos
e de criaturas superiores, bruxas como eu...
Adeus putrefactos homens amores
Adeus.. só adeus...