como é doce a minha dor,
como é pacifica e dócil,
como é constante fóssil
como esta enterrada deliciosa assim.
como é frágil e afectada,
como é trocada e troçada,
como é feita de palhaça,
como é tão mal amada.
como é dolorosa no peito,
e piedosa no semblante,
como balança quando me deito,
nessa cruel cama tratante.
como é desprezada,
e torturada enfim,
como é triste e resignada,
esta dor,
doce dor,
em mim.
17 de outubro de 2009
uma bonita embalagem não compensa um conteúdo vazio,
uns bonitos olhos não compensam a crueldade de um ser,
um bonito corpo não compensa a brutidão dos gestos,
um agradável calor não compensa o desprezo dos braços,
um inebriante hálito não compensa a secura de um beijo,
um grande desejo não significa nem obriga o amor,
a vida não é um privilegio concedido nem uma benção de momentos,
não é uma sorte nem um encontro,
não é o querer nem o saber,
não és tu, não sou eu, não são eles e elas, nem os outros,
não são as palavras nem as virtudes,
não são os afectos e nem os defeitos,
não é a decadência humana compulsiva.
a vida é uma embalagem vazia,
uma cama fria,
uma fonte seca,
um olhar apagado,
um cigarro na tua boca,
oca de palavras e desejos,
oca de significados,
oca de esforços,
apenas um mau entertenimento antes da doce morte.
e nós,
somos pedaços de carne,
coordenados ate ao limite do ridículo,
pensamo nos muito e não somos nada,
somos apenas uma fachada,
uma fraca anedota,
uma triste brincadeira,
não sentimos,
não pensamos,
não agimos,
tudo isso é uma ilusão,
criada em forma de diversão,
neste teatro que é a vida,
nesta ponte ate a morte.
uns bonitos olhos não compensam a crueldade de um ser,
um bonito corpo não compensa a brutidão dos gestos,
um agradável calor não compensa o desprezo dos braços,
um inebriante hálito não compensa a secura de um beijo,
um grande desejo não significa nem obriga o amor,
a vida não é um privilegio concedido nem uma benção de momentos,
não é uma sorte nem um encontro,
não é o querer nem o saber,
não és tu, não sou eu, não são eles e elas, nem os outros,
não são as palavras nem as virtudes,
não são os afectos e nem os defeitos,
não é a decadência humana compulsiva.
a vida é uma embalagem vazia,
uma cama fria,
uma fonte seca,
um olhar apagado,
um cigarro na tua boca,
oca de palavras e desejos,
oca de significados,
oca de esforços,
apenas um mau entertenimento antes da doce morte.
e nós,
somos pedaços de carne,
coordenados ate ao limite do ridículo,
pensamo nos muito e não somos nada,
somos apenas uma fachada,
uma fraca anedota,
uma triste brincadeira,
não sentimos,
não pensamos,
não agimos,
tudo isso é uma ilusão,
criada em forma de diversão,
neste teatro que é a vida,
nesta ponte ate a morte.
São pedaços que levas,
pedaços que deixas,
pedaços que me dás,
e pedaços que me escondes.
Apenas pedaços entrelaçados,
apenas tragédias desconhecidas,
apenas mais uns corpos de mãos estendidas,
apenas mais sobras de abraços.
E levando uma vida de pedaços,
uma vida pela metade,
nunca a sentes completa,
nunca passa de mera historia.
Uma vida que vivida,
nada tem para lembrar,
apenas pedaços de carne,
apenas pedaços sem memoria.
E pedaços de mim levas,
e pedaços a mim dás,
e não me lembrarás,
e eu me irei de ti esquecer.
Porque são pedaços de ilusão
e de pouca verdade,
pedaços de vida fugaz,
que não deixam sequer saudade.
pedaços que deixas,
pedaços que me dás,
e pedaços que me escondes.
Apenas pedaços entrelaçados,
apenas tragédias desconhecidas,
apenas mais uns corpos de mãos estendidas,
apenas mais sobras de abraços.
E levando uma vida de pedaços,
uma vida pela metade,
nunca a sentes completa,
nunca passa de mera historia.
Uma vida que vivida,
nada tem para lembrar,
apenas pedaços de carne,
apenas pedaços sem memoria.
E pedaços de mim levas,
e pedaços a mim dás,
e não me lembrarás,
e eu me irei de ti esquecer.
Porque são pedaços de ilusão
e de pouca verdade,
pedaços de vida fugaz,
que não deixam sequer saudade.
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