3 de setembro de 2010
O silencio... O silencio asfixia.. o teu silencio... a duvida... ou a certeza... algo que sei que não quero saber. O medo de saber. A felicidade contida ou exagerada de outrem pelo sufoco de alguém que não se conhece e na verdade não existe. Alguém que é ninguém. Tento espreitar pela porta encostada, tento ouvir através do copo, mas puxam-me e castigam-me. Fico no canto como para me remendar, cosendo aos pontos e poucos os lábios traiçoeiros sem linha ou agulha.. O copo partiu-se, já não há copo, já não está inteiro o copo que nunca segurei para ouvir. A porta encontra-se aberta, pois nunca esteve fechada, ou sequer encostada, e na verdade eu entrei na divisão descaradamente sem ouvir uma palavra. Procuro, investigo, balanço e considero ideias, penso, penso,penso... penso TANTO!! e torna-se tão exaustivo... pensar sozinha sem resposta, as voltas e voltas e mais voltas e voltas dentro do enorme vazio que se torna a duvida da certeza negada. Será por aqui? Será por aqui que tenho de seguir? Será a ti que no fim irei encontrar? Ou será mais um, apenas outro mais um estalo seco bem dado, com o fim de redenção e castigo associado. Onde guardam as cordas neste asilo? Em qual dos mil armários trancaram a minha loucura? Como viver em total Sanidade Pura? Como confiar no ar que respiro forçada? Será o ar um grande volume de nada? Será o nada o melhor caminho possível? Quero cair, mas apanham-me e castigam-me de novo... Tão doce castigo de esperança... Dizem que me atiro de propósito só pelo castigo. Como fugir à janela destapada por onde vislumbro o nada que me atiram à cara? Como não desejar ficar de castigo se isso inclui um estalo seco e forte da tua mão?...
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