29 de janeiro de 2011

Trata-se de uma entidade contida, algo apagado, algo que fugiu.
Trata-se de ti refém do corpo.

O espelho mostra um busto de papel mentindo no reflexo.
O espelho mostra-te cru e ressequido dos anos passados e neblosos.

Alguém que já não és tu ou quem quer que tenhas sido.
Alguém que te estranho e te ocupa o papel.

Esperas estar escondido, que seja algo passageiro.
Esperas que alguém te encontre mas na verdade já não existes.

Já não há esperança de retorno.
Já ninguém se lembra de ti.

Bons sonhos.

Sem comentários:

Enviar um comentário