Quero matar esta sede de matar. Matar o percurso de uma vida. Talvez até findar a minha. Fechar os olhos para não mais, nunca mais, em alguma vida ou realidade paralela acordar.
Estou cansada de tentar, de procurar, de procurar-te... Estou cansada por te ter encontrado.
A minha boca está seca da droga lenta já consumida, e eu quero matar, quero matar a minha vida.
Já não faço sentido, já não tenho propósito, já não mais, nunca mais. Espero que não.
Preciso de uma urgente mão, da tua apenas, que me sacuda este pó nevoeiro em que me perco.
Já dei demais. Já dei tudo. Já nada meu me pertence. Já só me pertence o desespero, a amargura de anos acumulados em segundos vividos. Até o meu corpo se encontra perdido de mim.
Já te dei tudo sem o dar, sem o querer fazer.
Já não vejo que mais pode acontecer.
Como mudar,
o que pode vir a seguir,
se não me consigo mexer,
se não te puder sentir.
Eu costumava sorrir e ir passear ao Sol. O meu pai pegava-me pela mão e mostrava-me coisas novas.
Eu costumava ser feliz quando tudo era simples ao Sol com o meu pai pela mão.
4 de julho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário