11 de junho de 2010

Mulher,
Obra de arte descartável, objecto de desejo, ora pedaço de papel ora pedaço de carne, despedaçável de forma inteligível.
Camisa de forças das minhas forças, pecado de meus erros, Julieta em farrapos de luxuria.
Dissabor de noites amargas, esperas prolongadas, promessas sem fim.
Ilusão iludida, alma incompreendida, fuga de traições.
Em ti me perco, em ti me encontro, em ti me sinto e em ti existo.
Melhor viver por ti que para ti, melhor do que sofrer sozinho.
Companhia de tentações, usada e trocada por perdões, apostada por orgulho.
Álcool de palavras, mal usadas, acorrentadas, exageradas e sem fim.
Mantenho as minhas mentiras, uma por outra, em ti e para ti debitadas para que aja a certeza de eu ser homem e  tu corpo meu.
Silhueta bonita, que nua esperas pela minha vinda , numa cama fria sem uso de ti.
Porque me amas mulher? Porque me queres? Porque me segues? Porque te enganas?

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