Não é como pensam. Custa, a sério que custa, e não me é indiferente.
Não sinto nada mais. Por dentro sofro de insensibilidade crónica ao toque, a todos os toques senão aquele.
Não sei se é sequer compreensível ou justificável, especialmente em relação a mim, tanta leviandade da minha parte, tanta fraqueza, tanta facilidade no acto de cair, de me deixar levar ao ser puxada.
Não, não se justifica, muito menos quando a régua com a qual meço a queda passa de centímetros a quilómetros, e eu de mulher a vitima de chacota moral por um pecado cometido.
Não é certo, correcto ou admissível, não me é possível aceitar que eu própria me puna por algo tão urgente de ser consumado.
Não é certo que me veja determinada, aprisionada, a um nada que se atreve a tomar a forma e a força de tudo.
Não é saudável tal valorização divina de uma respiração.
Porque raio de repente me vejo disposta a esperar por alguém que nunca esperou por mim?
29 de junho de 2010
27 de junho de 2010
No Identity
find out take much more than you think... but in the end... what do you find?
(is a foto, but I can totaly draw this)
(is a foto, but I can totaly draw this)
Mais do que algum dia desejei ou sequer imaginei.
Não me sabia tão susceptível à luz...
E no lado escuro da lua espero que retirem os últimos corpos ainda caídos por terra.
A ausência de vida é um cenário deveras austero, mas não me chega a chocar.
No escuro silencioso deste meu lado lunar apenas a vida me espanta, me assusta, me afasta.
Com a vida vêm muitas outras coisas, coisas que desprezo e dispenso.
Já há muito que me deixei dessa vida de quem tem vida.
De quem é vivo.
Estar vivo não é apenas darmo-nos ao diário incomodo de respirar, é dar razão a cada inspiração e expiração que se opera.
É ter alguém a espera para partilhar a nossa respiração.
É demasiado esforço esperar por alguém.
É pedir demais pedir que alguém esteja a nossa espera, que espere por nós, sem saber por vezes o que esperar.
Mas sempre é bom esperar, mesmo sem se saber, mesmo sem propósito ou vontade, pois a espera torna se o próprio propósito da respiração da vida.
Da vida de uma respiração.
Não me sabia tão susceptível à luz...
E no lado escuro da lua espero que retirem os últimos corpos ainda caídos por terra.
A ausência de vida é um cenário deveras austero, mas não me chega a chocar.
No escuro silencioso deste meu lado lunar apenas a vida me espanta, me assusta, me afasta.
Com a vida vêm muitas outras coisas, coisas que desprezo e dispenso.
Já há muito que me deixei dessa vida de quem tem vida.
De quem é vivo.
Estar vivo não é apenas darmo-nos ao diário incomodo de respirar, é dar razão a cada inspiração e expiração que se opera.
É ter alguém a espera para partilhar a nossa respiração.
É demasiado esforço esperar por alguém.
É pedir demais pedir que alguém esteja a nossa espera, que espere por nós, sem saber por vezes o que esperar.
Mas sempre é bom esperar, mesmo sem se saber, mesmo sem propósito ou vontade, pois a espera torna se o próprio propósito da respiração da vida.
Da vida de uma respiração.
Mais do que algum dia desejei ou sequer imaginei.
Não me sabia tão susceptível à luz emitida pelo desejo de respirar.
Demo-nos ao luxo da hipocrisia e peça-mos numa noite qualquer a deriva no calendário, a alguém que se cruze connosco, para nos esperar.
Deve ser bom ter alguém a nossa espera, embora não saiba se estaria disposta a esperar.
Será que é assim que funciona, espera por espera, troca por troca?
E se a pessoa por quem esperar não for a pessoa de quem estava a espera?
E se não quiser esperar por quem me esperou e fechar a porta de regresso ao lado escuro da lua?
A espera é demasiado a pedir a alguém que não dá valor a respiração da vida.
Apesar de agora esperar que removam o ultimo o corpo que se deixa estar caído por terra.
Sem vida.
Sem espera.
24 de junho de 2010
21 de junho de 2010
Agora que penso.. assim só por pensar. Assim só por não ter mais nada para fazer.. Assim só porque vou disparatar e não fazer sentido algum, há coisas do carago!
Coisas mesmo estúpidas, mesmo fora do bom senso... mas também quem quer bom senso??
As pessoas passam a vida à procura da felicidade mas estão constantemente a fugir dela! Pensam que é algo complicado de atingir e criam falsas e inalcansáveis noções que tentam seguir a risca e que só os leva a uma infelicidade ainda mais ridícula e infeliz que a tristeza ou a arte de não se ser feliz em si. Talvez, ou melhor, com todas as minhas certezas é por isto, estas acções desesperadas e inúteis, que praticamente ninguém vive completa e realmente feliz neste mundo. E depois uma singela alegria não lhes basta! Eles e elas necessitam daquela noção perfeita e idealizada por tristes almas anteriores à existência dos presentes e actuais infelizes, aquela noção fantasiosa de um estado de espírito calmo, relaxado, de bem com tudo e todos, sem problemas ou contradições. Pois noticia de última hora companheiros terrestres: tal coisa não existe! Capacitem-se! E deixem se tentar seguir esses padrões e regras desse Universo mesquinho e fútil, típico de uma personagem do género Marta Stewart, não vos leva a lado nenhum.
A felicidade não é algo físico. Um prémio espiritual após um certo caminho. É o que temos e conseguimos ver em nós e em todos os que nos rodeiam. É dar valor a cada segundo de vida que vos corre no sangue, vivendo não de uma forma certa e coerente, mas sim ao máximo. Nunca sabemos o que nos espera o amanhã portanto porque desperdiçar o hoje? Estamos habituados a comodidades de todos os níveis tendo o amanhã como garantido como desculpa, não como deve de ser.
Problemas? Toda a gente os tem, maior parte apenas pensando que os tem, e criando-os para se entreter, fazendo planos e interpretando um papel vitimado porque fica sempre bem e serve de desculpa termos pena de nós próprios para não querermos saber dos outros, mas os problemas não são assim tão graves, nem tão grandes e maior parte nem vale a pena dar atenção. São pura perda de tempo. Entretenimento de mau gosto a que sucumbimos como se uma ordem nos fosse dada. Que raio de liberdade! Somos Homens ou Ratos???
Deixa-mo-nos mesmo derrubar tão facilmente? Refugiando nos em "problemas", pensando a vida em vez de a viver, seguindo padrões e regulamentos como ratos de laboratório, criando rotinas insatisfatórias, tudo na esperança de um presente digamos divino, caído do nada?
Recusamos-nos a prazeres naturais, preocupamos-nos demais, damos atenção ao que não devemos...
Penso porque ninguém mais vê assim o Mundo... Sair a rua, respirar fundo, olhar o céu, observar os prédios, os edifícios, as pessoas, ouvir os sons, chegar perto de quem gostamos e sorrir. Mesmo que a nossa vida esteja uma merda, sorrir. Ouvir os seus problemas e tentar ajudar. Não interferir! Ajudar, aconselhar. As pessoas têm a extrema e irritante mania de se meter na vida dos outros, é isso, escutar conversas, tentar sacar informações e falar por cima de outros para que a conversa se vire para elas próprias... Odeio isso. Eu cá não me importo de ouvir. Falar faz bem aos outros e eu gosto de os ouvir. Memorizar as suas vozes, reparar nos teus sotaques, como dizem isto e aquilo, as expressões de rosto, toda a beleza da pessoa que está a falar comigo. Há pessoas tão bonitas por aí. Não estou a falar de fisicamente atraentes, perfeitas ou perto da noção de perfeição. Bonitas. Nos seus sorrisos, franzir da sobrancelhas, como mexem no cabelo ou enrugam a testa em reacção ao que seja. Estar numa sala de aula e ouvir o barulho de fundo, a voz do Professor/a, as posições e os comportamentos dos colegas à volta... até o simples acto de fechar os olhos e aproveitar estar a aprender. Estar no exterior, e observar todo um mundo a nossa volta e a sorte que temos por estarmos ali, naquele momento, com aquelas pessoas, o quanto gostamos delas. Porquê estar noutro lugar qualquer? Eu penso assim. Sou feliz assim. E sim procuro sempre mais... mas não de forma obcecada e diária, não perdendo tempo a criar discussões ou problemas, não correndo de um lado para o outro sem reparar. A vida é algo tão fugaz... porquê correr e acordar um dia, ás portas da morte e pensar: -Que fui eu fazer?
Eu não vou viver uma vida perfeita, mas sei e vou fazer os possíveis para que não seja uma vida de arrependimentos... Podem dizer o mesmo?
(Tal como esperava, mesmo tendo razão e lógica, não fiz sentido algum... Mas quem quer fazer sentido? eu não)
Coisas mesmo estúpidas, mesmo fora do bom senso... mas também quem quer bom senso??
As pessoas passam a vida à procura da felicidade mas estão constantemente a fugir dela! Pensam que é algo complicado de atingir e criam falsas e inalcansáveis noções que tentam seguir a risca e que só os leva a uma infelicidade ainda mais ridícula e infeliz que a tristeza ou a arte de não se ser feliz em si. Talvez, ou melhor, com todas as minhas certezas é por isto, estas acções desesperadas e inúteis, que praticamente ninguém vive completa e realmente feliz neste mundo. E depois uma singela alegria não lhes basta! Eles e elas necessitam daquela noção perfeita e idealizada por tristes almas anteriores à existência dos presentes e actuais infelizes, aquela noção fantasiosa de um estado de espírito calmo, relaxado, de bem com tudo e todos, sem problemas ou contradições. Pois noticia de última hora companheiros terrestres: tal coisa não existe! Capacitem-se! E deixem se tentar seguir esses padrões e regras desse Universo mesquinho e fútil, típico de uma personagem do género Marta Stewart, não vos leva a lado nenhum.
A felicidade não é algo físico. Um prémio espiritual após um certo caminho. É o que temos e conseguimos ver em nós e em todos os que nos rodeiam. É dar valor a cada segundo de vida que vos corre no sangue, vivendo não de uma forma certa e coerente, mas sim ao máximo. Nunca sabemos o que nos espera o amanhã portanto porque desperdiçar o hoje? Estamos habituados a comodidades de todos os níveis tendo o amanhã como garantido como desculpa, não como deve de ser.
Problemas? Toda a gente os tem, maior parte apenas pensando que os tem, e criando-os para se entreter, fazendo planos e interpretando um papel vitimado porque fica sempre bem e serve de desculpa termos pena de nós próprios para não querermos saber dos outros, mas os problemas não são assim tão graves, nem tão grandes e maior parte nem vale a pena dar atenção. São pura perda de tempo. Entretenimento de mau gosto a que sucumbimos como se uma ordem nos fosse dada. Que raio de liberdade! Somos Homens ou Ratos???
Deixa-mo-nos mesmo derrubar tão facilmente? Refugiando nos em "problemas", pensando a vida em vez de a viver, seguindo padrões e regulamentos como ratos de laboratório, criando rotinas insatisfatórias, tudo na esperança de um presente digamos divino, caído do nada?
Recusamos-nos a prazeres naturais, preocupamos-nos demais, damos atenção ao que não devemos...
Penso porque ninguém mais vê assim o Mundo... Sair a rua, respirar fundo, olhar o céu, observar os prédios, os edifícios, as pessoas, ouvir os sons, chegar perto de quem gostamos e sorrir. Mesmo que a nossa vida esteja uma merda, sorrir. Ouvir os seus problemas e tentar ajudar. Não interferir! Ajudar, aconselhar. As pessoas têm a extrema e irritante mania de se meter na vida dos outros, é isso, escutar conversas, tentar sacar informações e falar por cima de outros para que a conversa se vire para elas próprias... Odeio isso. Eu cá não me importo de ouvir. Falar faz bem aos outros e eu gosto de os ouvir. Memorizar as suas vozes, reparar nos teus sotaques, como dizem isto e aquilo, as expressões de rosto, toda a beleza da pessoa que está a falar comigo. Há pessoas tão bonitas por aí. Não estou a falar de fisicamente atraentes, perfeitas ou perto da noção de perfeição. Bonitas. Nos seus sorrisos, franzir da sobrancelhas, como mexem no cabelo ou enrugam a testa em reacção ao que seja. Estar numa sala de aula e ouvir o barulho de fundo, a voz do Professor/a, as posições e os comportamentos dos colegas à volta... até o simples acto de fechar os olhos e aproveitar estar a aprender. Estar no exterior, e observar todo um mundo a nossa volta e a sorte que temos por estarmos ali, naquele momento, com aquelas pessoas, o quanto gostamos delas. Porquê estar noutro lugar qualquer? Eu penso assim. Sou feliz assim. E sim procuro sempre mais... mas não de forma obcecada e diária, não perdendo tempo a criar discussões ou problemas, não correndo de um lado para o outro sem reparar. A vida é algo tão fugaz... porquê correr e acordar um dia, ás portas da morte e pensar: -Que fui eu fazer?
Eu não vou viver uma vida perfeita, mas sei e vou fazer os possíveis para que não seja uma vida de arrependimentos... Podem dizer o mesmo?
(Tal como esperava, mesmo tendo razão e lógica, não fiz sentido algum... Mas quem quer fazer sentido? eu não)
Porque não posso simplesmente agir como devo?
Porque tenho de me manter fiel a mim?
Cansada de ser quem sou sem ter certeza disso, de não saber por que lado ir, vendo morte sem chorar, sufocando sem gritar, morta consecutivas vezes sem dar luta ou protesto.
Esfaqueando com agulhas quem me estende a mão, fazendo-os andar sobre pregos.
És uma merda Catarina, devias estar num Laboratório de Loucos.
Porque tenho de me manter fiel a mim?
Cansada de ser quem sou sem ter certeza disso, de não saber por que lado ir, vendo morte sem chorar, sufocando sem gritar, morta consecutivas vezes sem dar luta ou protesto.
Esfaqueando com agulhas quem me estende a mão, fazendo-os andar sobre pregos.
És uma merda Catarina, devias estar num Laboratório de Loucos.
19 de junho de 2010
-Desde quando é que escolheste o teu namorado em vez da tua melhor amiga?
-A partir do momento em que a minha melhor amiga disse que não queria saber de nada, que se esta a cagar, e esta completamente diferente da pessoa que eu conheci
-Da pessoa que te encobria da tua própria estupidez e que perdoava todos os erros cegamente. Cansei de fechar os olhos!
Não te vou aconselhar a algo que te faz mal.
Nem te perdoar o imperdoável.
Se queres uma fã ou alguém que te siga muito bem.
Ficas com a Cris e esqueces me.
Se queres uma verdadeira amiga tinhas me a mim,
mas já não tens.
E no dia em que o teu namorado te deixar, te bater ou te humilhar não me vou rir.
Vou te apenas dizer : A historia repete se e eu avisei te.
O que tu fizeste Sara não se faz
e foi algo que me prometeste nunca fazer.
Quebraste a tua promessa.
Pois agora eu quebro os laços de carinho e amizade que tivemos durante 9 anos.
Já perdoei demais, isto foi a gota de água.
Boa sorte na tua vida de falsas amigas e namorados agressivos.
Fica sabendo que o meu número de telemóvel é o mesmo.
-A partir do momento em que a minha melhor amiga disse que não queria saber de nada, que se esta a cagar, e esta completamente diferente da pessoa que eu conheci
-Da pessoa que te encobria da tua própria estupidez e que perdoava todos os erros cegamente.
Não te vou aconselhar a algo que te faz mal.
Nem te perdoar o imperdoável.
Se queres uma fã ou alguém que te siga muito bem.
Ficas com a Cris e esqueces me.
Se queres uma verdadeira amiga tinhas me a mim,
mas já não tens.
E no dia em que o teu namorado te deixar, te bater ou te humilhar não me vou rir.
Vou te apenas dizer : A historia repete se e eu avisei te.
O que tu fizeste Sara não se faz
e foi algo que me prometeste nunca fazer.
Quebraste a tua promessa.
Pois agora eu quebro os laços de carinho e amizade que tivemos durante 9 anos.
Já perdoei demais, isto foi a gota de água.
Boa sorte na tua vida de falsas amigas e namorados agressivos.
Fica sabendo que o meu número de telemóvel é o mesmo.
Há que ter coragem para fugir as vontades de vez em quando e apenas fazer a coisa certa. Não somos só nós no Universo, há pessoas em jogo as quais não podemos fugir. E os plurais e singulares deste pedaço de terra tornam se vulgarmente nossos, sem dar pelos ponteiros do relógio. Não sei do meu casaco, tenho de sair. Onde está o meu casaco? Procuro o amanhã. O dia já tarda e a noite balança nas portas do horizonte. Tenho gente a minha espera, levo outro casaco que não o meu. Que remédio! Que remédio fazer o que devemos e não o que queremos. Que remédio tenho eu de não levar o meu casaco.
18 de junho de 2010
17 de junho de 2010
Chegamos de manhã e ainda aqui nos encontramos.
As paredes brancas estão arranhadas pela loucura.
A cama nua coberta de sémen e outros fluidos.
Os lençóis jazem no chão.
Sangue aqui e ali, pequenas e deliciosas gotas no chão de madeira.
A janela foi deixada aberta para os sádicos espectadores e as cortinas esvoaçam, já meias rasgadas.
Quarto de prazeres extremos, em que qualquer tipo de restrições ou limites são deixados fora da porta.
A criatura, exausta e exasperada, encostada a uma parede espera que as mãos que há segundos lhe escorregaram pelo corpo regressem.
Esta noite o prazer é meu. Fodo-te, rego te com gasolina e deixo te com a memória da faísca do meu isqueiro.
Já tenho o que queria de ti.
As paredes brancas estão arranhadas pela loucura.
A cama nua coberta de sémen e outros fluidos.
Os lençóis jazem no chão.
Sangue aqui e ali, pequenas e deliciosas gotas no chão de madeira.
A janela foi deixada aberta para os sádicos espectadores e as cortinas esvoaçam, já meias rasgadas.
Quarto de prazeres extremos, em que qualquer tipo de restrições ou limites são deixados fora da porta.
A criatura, exausta e exasperada, encostada a uma parede espera que as mãos que há segundos lhe escorregaram pelo corpo regressem.
Esta noite o prazer é meu. Fodo-te, rego te com gasolina e deixo te com a memória da faísca do meu isqueiro.
Já tenho o que queria de ti.
11 de junho de 2010
Mulher,
Obra de arte descartável, objecto de desejo, ora pedaço de papel ora pedaço de carne, despedaçável de forma inteligível.
Camisa de forças das minhas forças, pecado de meus erros, Julieta em farrapos de luxuria.
Dissabor de noites amargas, esperas prolongadas, promessas sem fim.
Ilusão iludida, alma incompreendida, fuga de traições.
Em ti me perco, em ti me encontro, em ti me sinto e em ti existo.
Melhor viver por ti que para ti, melhor do que sofrer sozinho.
Companhia de tentações, usada e trocada por perdões, apostada por orgulho.
Álcool de palavras, mal usadas, acorrentadas, exageradas e sem fim.
Mantenho as minhas mentiras, uma por outra, em ti e para ti debitadas para que aja a certeza de eu ser homem e tu corpo meu.
Silhueta bonita, que nua esperas pela minha vinda , numa cama fria sem uso de ti.
Porque me amas mulher? Porque me queres? Porque me segues? Porque te enganas?
Obra de arte descartável, objecto de desejo, ora pedaço de papel ora pedaço de carne, despedaçável de forma inteligível.
Camisa de forças das minhas forças, pecado de meus erros, Julieta em farrapos de luxuria.
Dissabor de noites amargas, esperas prolongadas, promessas sem fim.
Ilusão iludida, alma incompreendida, fuga de traições.
Em ti me perco, em ti me encontro, em ti me sinto e em ti existo.
Melhor viver por ti que para ti, melhor do que sofrer sozinho.
Companhia de tentações, usada e trocada por perdões, apostada por orgulho.
Álcool de palavras, mal usadas, acorrentadas, exageradas e sem fim.
Mantenho as minhas mentiras, uma por outra, em ti e para ti debitadas para que aja a certeza de eu ser homem e tu corpo meu.
Silhueta bonita, que nua esperas pela minha vinda , numa cama fria sem uso de ti.
Porque me amas mulher? Porque me queres? Porque me segues? Porque te enganas?
9 de junho de 2010
Horas e horas num fio de água que insiste em correr sem cessar. Gota a gota transbordando. Uma explosão de exaustão, mal silenciada, talvez numa falhada tentativa de corrupção, evoluída para raiva em flor. Pontos e remendos numa boca sem remédio, salivando de fome e sede insaciáveis. O desejo incontrolável é processado e restringido a contenção vigiada. Por outros lados, suicidas planeiam exterminar a cobardia da omissão pela arte da matança, ou pelo politicamente correcto e pseudo punível homicídio.
adoro esta sociedade de jovens velhos relacionados com velhos jovens que insistem em dizer que sabem sem saber.
adoro esta sociedade de jovens velhos relacionados com velhos jovens que insistem em dizer que sabem sem saber.
5 de junho de 2010
Mentes loucas e sociopatas, com macacos pela trela, na minha rua ou na tua, envergando colares com glóbulos oculares e peles das suas vitimas.
Tudo faz parte da fantasia do espelho. Da oportunidade para ultrapassar Deus. De te dar a mão por um segundo. Acreditar que há loucos debaixo do tapete.
E tudo num desespero suspirando pela a tua atenção.
Uns sufocam se em espartilhos, outros esticam se em saltos altos.
Seja de qualquer forma ou jeito, já é espaço de tirares as almas do armário e perderes a gaveta das meias. De te fazeres possível para me ganhares direito de propriedade.
Tudo faz parte da fantasia do espelho. Da oportunidade para ultrapassar Deus. De te dar a mão por um segundo. Acreditar que há loucos debaixo do tapete.
E tudo num desespero suspirando pela a tua atenção.
Uns sufocam se em espartilhos, outros esticam se em saltos altos.
Seja de qualquer forma ou jeito, já é espaço de tirares as almas do armário e perderes a gaveta das meias. De te fazeres possível para me ganhares direito de propriedade.
4 de junho de 2010
O copo parte se, desfaz se na areia com a lentidão do tempo nos desertos. A dor emocional da múmia exagera se. Pura arte rejuvenescida. Quase perfeito malabarismo. De mão dada com a ampulheta corre em prados verdes. Uma experiência intelectualizada que necessita de vigia constante. Sem parar de correr. Puro ciclo vicioso de decadência humana... Ai como seria se não houvesse Deus algum! Se apenas o destino controlasse a mão e a mão controlasse o destino. Estou demasiado bebida com o álcool errado.
2 de junho de 2010
A tua distancia descalibrada e desequilibrada com essa mesma companhia diária desagrada me. Entre nós não há o que haver, e a sopa esta a esfriar. Não há amanha para a sobremesa. E eu consumo me em erros e vontades para me esquecer do prato principal. Mas volto para tocar piano todas as tardes contigo. Se ao menos tivesse corrido mais depressa, chegado mais longe, chegado primeiro. Talvez.... não! E até se calhar poderíamos comprar numa sex shop um candelabro de duas extensões, que se fariam então três, e o escondêssemos debaixo do casaco. Mas não daria... só há espaço para uma vela na mesa de jantar. E à noite poderíamos ouvir aquela musica em silencio mas não escapas às vozes da consciência moral. Poderias até mudar de trajes, mudar os olhos, virar mulher, não escaparias a queda no poço recheado de livros, pena e papel para amparar a queda. Nada mudaria se não o mudasses tu, sendo tu. Estando aqui.
1 de junho de 2010
E eu cansei de te ouvir. Não peças para perdoar. Não há perdão possível. Não peças para esquecer as memórias que não tenho. São anos e anos de ausências, silêncios, aniversários em que me vestias uma personagem que não era eu. Exigências e expectativas demasiado altas para alguém que não eu. Todo um disfarce de anos em que crescia sob a sombra de uma bipolaridade forçada. Não peças para te mostrar a realidade se continuas de olhos fechados. Não vale a pena. Chega! Basta! Cansei de todos esses papéis vitimados em forma de justificar pura ignorância e negligência. Cansei de esperar por um aniversário em que tivesses lá, comigo, e não com outro alguém senão eu. Fecha a porta e cala a boca, gastaram se todas as palavras. Não me és nada. Fica nesse canto a espera de morrer que eu fico neste com sede de te matar.
Ode a amada mãe de mim
Grito ecoa pelas paredes... mas tu não vens. Continuas sentada nessa cadeira. Calada. Desprezível. Mesquinha. Exemplo perfeito de desistência na evolução primata.
Odeio ter rasgado o ventre que me trouxe ao mundo só por ser o teu ventre. Não quero que sejas parte de mim, já que não sou parte alguma em ti. Não te quero conhecer embora te saiba de cor. E mesmo querendo impeço me de te abandonar. Odeio amar te. Odeio amar uma criatura intelectualmente inferior e mentalmente débil como tu. Velha carcaça que nunca conheceste amor, pois és incapacitada de sentir. O que entendes por amor é a tua drogada dependência. Dependência dele que é o teu tudo. Dependência de mim que acidentalmente vim ao mundo e de quem te serviste como muleta, muleta de ti, do teu vazio e da sua ausência. Dentro destas paredes, prisão de loucuras, escapa me a sanidade a cada dia que partilho contigo. A tua loucura é contagiosa, pegajosa, mas sei que não acabarei como tu. Há perto da tua cadeira a uma porta e eu passarei um dia. De vez, essa porta. Acredita que se olhar para trás é por compaixão do meu amor forçado pela natureza daquilo a que se chama filha, palavra cujo significado nunca assimilaste. Mas não te desejo mal, na verdade não te desejo nada.
Desejo nos distancia, para que possa abrir as asas e desprisionar me da tua louca dependência. Da minha crédula e ingénua compaixão. Da esperança que um dia assimiles a natureza.
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