Já cedi o meu máximo e como boa actriz que sou tenho de me manter forte, aparentemente claro.
Estas palavras, eu não digo a ninguém. Tenho uma imagem a manter. E mesmo que não tivesse e as dissesse ninguém acreditaria.
Sou demasiado fria para tais palavras ou sentimentos.
Tudo o que cedo ou choro não são senão teatros elaborados para aumentar a credibilidade do meu intelecto.
Muito fria, pareço eu, que nunca receio nada. Que sou determinada e forte. Que não choro.
Não choro pouco. Todas as noites imito as 12 fontes que Napoleão ofereceu a Josefina e transbordo amada água.
Muito choro eu, mulher sem coração. Vadia de mil perdões. Puta de horas vagas das palavras dos falsos amantes.
Pura viciada do amor mas que dele nada ou pouco lhe resta.
Desgraçada e desventurada de mil descobertas e amarguras.
Amiga dos inimigos, pura e burra, anticristo que frequenta esquinas dos prazeres carnais e desvairados sem razão do ser, do ter ou do sentir. Princesa virginal de mil amantes profanos.
20 de março de 2010
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