24 de janeiro de 2010

   O cheiro que puseste na minha almofada evaporou e os lençois repousam frios e lisos... impassiveis á tua final ausencia.
   Sabes... por fim alcanço que nao se pode recuperar o que nunca foi nosso, por isso me vejo impedida a lutar por ti, ou algo nessa embalagem vazia de ti, pois nunca foste meu nem pertenceste a nós.
   Agora é só erguer a cabeça e deixar me levar pelo vento.
   Tu vieste e foste. O mundo nao pára de girar e eu nao corto a garganta. Outros viram, outros iram.
Meu amor, é a vida.
   E o que custa nao é voltar´a percorrer outro corpo ou sentir outra lingua depois de se estar vazio de amor, é tentar amar... isto nao custa... isso mata...
   E na verdade realista dos dias soltos e inoportunos á inteligencia nao mata, pois no momento em que largaste a minha mao, enterrei meu coraçao e esvaziei o armario dos sentimentos.
   Por isso nao me fales de dor ou sofrimento, se o sentes é porque queres pois és alma livre, cruel, impiedosa, fria e vazia de sensaçoes duradouras, pois o que doi mesmo é perder por outrém a capacidade de se sentir.

2 comentários:

  1. Magnífico, a relação intríseca e o debate profundo de uma análise complexa.
    Agora, só falta saber quem é o TU.

    ResponderEliminar
  2. o tu é a desilusao dos dias numa pessoa marcante

    ResponderEliminar