Ao ver me no comboio,
sozinha, pensativa,
não izites, vem,
pega me na mão,
leva me á saida.
Mostra me a cidade de cada paragem,
pois amanhã morreremos um para o outro,
e os anos passaram rapidos e impiedosos,
como a miragem deste dia.
Partilha comigo noções e opiniões,
quero saber te desconhecido,
mostra te menino meigo e perdido,
conta me a tua vida num cafe.
Como se o tempo fosse só nosso,
e só nós existissemos,
como se eu invadisse o teu sonho,
e tu estivesses a caminhar no meu.
E quando soarem as badaladas do amanhecer,
diz me adeus e deixa o sol nascer,
para mais uma miragem acontecer,
para mais um estranho me abordar,
e eu acabar por te esquecer.
8 de novembro de 2009
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