Toda a minha vida foi passada no canto.
No canto da tua vida, no canto da tua atenção, no canto de tudo, de ti e de todos.
Eternamente á parte, eternamente nos bastidores.
Quando vencia, não era eu debaixo da luz.
Quando os outros erravam, eram para mim as culpas.
Toda a minha vida observei passivamente as gloriosas vidas de quem comigo se dava e que de mim dependiam.
Toda a minha vida construi o reino de falsos Reis e fui tomada por pecadora por causa dos pecados de outros.
Toda a minha vida vi, comi e calei... porque por mais que gritasse ninguém me ouvia.
Ninguém o fazia porque ninguém o queria fazer.
Porque sabiam que por mais que me espezinhassem sempre caíssem eu estava la para os apanhar.
E tu és assim. Vês o que queres e nunca ouves.
Porque sabes que mesmo odiando te, seja por obrigação, por habituação ou por simples ingenuidade, estarei sempre la.
4 de outubro de 2009
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