31 de outubro de 2009

Tenho asas e ando entre ti e os outros.
Há quem me chame anjo,
mas nada tenho de bom.
Há quem me trate por demónio,
mas não sou assim Tao ma.

Eu não tenho qualquer tipo de poderes,
mágicos ou divinos,
apenas vejo.

Quem olha para os meus olhos escuros
nem sonha que lhe leio a alma.

Quem se cruza comigo na rua,
nem imagina o que lhe espera.

Não sou anjo nem demónio,
Sou o perigo do inevitável,
os ponteiros dos relógios,
os espelhos e pontes da vida.

Sou tu depois de mim

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