Este sofrimento,
eterno e teimoso,
este grito ardente,
pressagio receoso.
Esta mente aberta,
que fala ao coração,
mas que nas palavras que usa,
não encontra razão.
Minto a mim própria,
num suspiro enganoso,
dessa tua partida,
deste espírito arenoso.
E eu não quero acreditar,
só quero esquecer,
mas o tempo insiste em passar,
o meu ser insiste em morrer.
E tu, alma indigna,
de cruel beleza e paixão,
cravas punhais na minha ferida,
amarguras meu coração.
E se esse paraíso maldito,
não tivessem meus pés pisado,
eu não te teria seguido,
eu não te teria amado.
Eu não teria acreditado,
em tal destino divino,
eu teria recusado,
percorrer tal caminho.
Eu continuaria sã,
sã e infeliz,
infelicidade de quem amar,
nunca pode nem quis.
Mas eu aceitei te em meus braços,
e agora com a partida,
fica partido meu coração em pedaços,
fica minha alma perdida.
30 de maio de 2009
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